terça-feira, 19 de julho de 2011

BURACOS DA VIDA

Engraçado. Vendo a apresentação de balé da minha filha no Domingo (teatro Odylo Costa Filho – Uerj), só conseguia pensar no futuro. “Ela será mesmo bailarina?” “Vou aguentar ver minha filha realizar um solo em um grande teatro?” “Ela vai se machucar muito ensaiando?” “O namorado também será bailarino?” Vixi...que namorado que nada!!!

Enquanto a mãe ao meu lado realizava uma avant-première em lágrimas, eu me segurava para não dar o meu showzinho de frescura – não deu – e quase me desconcentrei da apresentação mergulhado nesses pensamentos bobocas. Quase perdi toda a emoção de ver filhotinha danada da breca em um palco imenso, com tantas bailarinas lindas e performáticas, fazendo a sua apresentação. Errando, acertando, emocionando. Floco de neve do Quebra Nozes.

Sem rodopiar no lugar comum, já me aventurando, ela que seja o que ela bem entender (tá, mais ou menos...), contando que seja feliz, faça com paixão e deixe papai e mamãe estarem lá para apoiar. Pra se emocionar. Pra rir e chorar. Pra acarinhar e direcionar (quando for o caso). Ou só para curtir um espetáculo de balé no findi. Ok, precisaremos de ingressos grátis. Tomara que ela consiga.
Que salte ao encontro do amor. Que rodopie em busca de sucesso profissional. Que baile como mãe serena e dedicada. Talvez nem tão serena assim, conhecendo a danada. Mas dedicada não abro mão! Ou que dance conforme a música. Não importa. Com certeza estaremos na primeira fila sempre, para não deixar que ela caia. E, se cair, que veja papai e mamãe junto com ela. Pra não se sentir só nalgum buraco da vida.


Não é tradição a bailarina receber flores após a apresentação? Então, papai levou. Na foto com mamãe











terça-feira, 5 de julho de 2011

NÃO TÔ BEM...

Eu já devo ter falado isso por aqui, pros meus seis leitores. Pelo menos para algum dos seis. Não lido bem com a rejeição da minha filhota. Por menor que seja. E olha que é bem pequena mesmo, mas é como uma espécie de hipocondria. Sei que não tem problema algum, é até normal, mas não consigo enxergar com essa clareza toda. Tenho problemas...

Enfim, minha danada da breca está numa fase mãe TOTAL. Diz que ama a mãe muito mais do me ama (“Do tamanho da galáxia”, se desmancha). Dá 20 beijos nela (me olhando de canto de olho) e apenas um em mim. E ainda faz chacota, a bandida. Mesmo assim, vai pra casa do papai as três vezes na semana, sem reclamar muito. Tá...reclama um pouco e diz – sempre que pode – que está com saudade da mamãe.

Para tentar amenizar esse stress, procuro fazer uma programação divertida, na tentativa de tornar o tempo dela com o papai mais legal. Claro que não abro mão das broncas, castigos e afins que orbitam a educação que tento passar para ela. Quem quiser que leia ‘limites’. Ontem à noite (4/7), fizemos bolinhos de chuva – motivados pelo clima londrino que pairou sobre o Rio. Ficaram ótimos. Compramos os ingredientes, arrumamos a mesa e filhotita ajudou com a massa. Eu fritei com ela longe, que fique bem claro.

E sabe o que aconteceu quando ficaram prontos? Nadica de nada. A bandida não deu uma única dentada na p...orra dos bolinhos. Tive, claro, que comê-los sozinho. Mas, beleza, foi bem divertido. E na manhã de hoje (5/7), depois que preparei o almoço (bem cedo) – pois passo as manhãs de terça e quinta com ela –, lá fomos nós para outra aventura apartamentística, pois com essa friaca é impossível tirar a menina de casa: acabamos de forrar as gavetas do armário dela (já postei aqui as fotos da forração do interior do armário). Essa ela nem ajudou muito. Ficou desenhando e me atrapalhando...e reclamando.

E pra que esse post enorme? Tudo para dizer uma coisa bem diminuta: dá um puta trabalho ser pai separado.




Gavetinhas forradas...




Ingedientes a postos



Com a mão na massa


Tcham, tcham, tcham, tcham...