terça-feira, 31 de maio de 2011

PAI, ESTOU AQUI

Aconteceu uma coisa - digamos - engraçada? Estranha? Reveladora? Ah, sei lá...só aconteceu uma coisa no treino de jiu-jitsu hoje. Treinava com um grande amigo (grande mesmo, uns 95kg). Estava por baixo, fazendo guarda e tentando raspá-lo (uma espécie de inversão, onde eu ficaria por cima). A certa altura, vi que seria impossível inverter o jogo, já que o cara é muito pesado. Mas não dava para parar, para desistir. O jiu-jitsu é assim. Mesmo sabendo que é muito difícil, você não desiste, não pode esmorecer. Naquele momento lembrei de uma conversa que tive com uma amiga de faculdade, horas antes, via facebook.

A conversa com a amiga versava justamente sobre o blog De Pai pra Filha. Ela elogiava a minha atitude como pai e, ao mesmo tempo, contava que o pai do filho dela (15 anos, acho eu) não via o filho havia três meses. TRÊS MESES???

Cara, o que é isso? Sei, por experiência própria (e depois conto essa história), que a vida acaba pregando algumas peças na gente e nos afasta dos filhos, por exemplo. Também sei que toda história tem três lados: um lado, o outro lado e o lado verdadeiro. E nenhum dos lados coincidi. Nunca. Por isso, esse post não é um julgamento, mas um alerta.

Não importa o quanto se trabalhe. Não importa o quão longe estamos da casa da ex. E, principalmente, não importa se os filhos querem ou não te ver...eles têm que te ver. Eles podem ainda não saber, mas necessitam da sua presença. Assim como a da mãe.

Independentemente da separação, nossos filhos precisam saber o nosso time de coração. Precisam estar cientes do esporte que praticamos ou gostamos. Você precisa fazer com que os filhos saibam que tipo de sapato usa. Fica sempre mais fácil para eles no Natal. E a recíproca, claro, precisa ser verdadeira. Qual o desenho que a sua filha mais gosta? E o nome da melhor amiguinha dela? E a cor do esmalte? Não sabe? Mas são informações cruciais, meu chapa. Como não sabe? Por que não convive de maneira mais próxima. Não escuta, não pergunta, não tá ali...levando na escola, buscando do balé ou da natação, conversando ao pé do ouvido antes de levá-la para escovar os dentes e botá-la na caminha.

Sério, não dá para deixar a vida te encurralar desse jeito. É você quem deve comandar isso, tomar as rédeas do seu amor pelos filhos. Vai lá Mané, ainda dá tempo. Três meses é tempo mais do que suficiente para pensar nisso!

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